Conheça o LulzSec, o grupo hacker que desafiou o governo dos EUA


O “LulzSec” tem atraído algumas manchetes pelos seus ataques a organizações importantes como o senado norte-americano, a CIA (que teve apenas seu site derrubado) e a InfraGard, ligada ao FBI. Mas não para por aí. O grupo distribuiu na internet 62 mil senhas de procedência desconhecida, invadiu rede das produtoras de games Bethesda e Nintendo, atacou também a Sony e até empresas de mídia como a Fox e a PBS.
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O LulzSec faz de tudo uma brincadeira. No site oficial, toca o tema da série de TV americana “The Love Boat” (“O Barco do Amor”); por conta disso, o grupo às vezes é chamado de “The Lulz Boat” ou “O Barco do Lulz”. Lulz, por sua vez, é uma gíria que vem de outra gíria usada na internet, o “lol”, sigla em inglês para “rindo muito alto” (“laughing out loud”). Em outras palavras, o nome “Lulz Boat” poderia ser “traduzido” – com muita liberdade – para “O Barco das Risadas” e o LulzSec, “Rindo da Segurança”. 
 


Ainda na página principal, há uma referência à música “Friday”, de Rebbeca Black – hit da internet com mais de 160 milhões de acessos e que foi recentemente removido do YouTube devido a uma disputa judicial. O grupo quer colocar a “diversão” na pauta da segurança digital. 
Em outra página, o grupo comenta boa parte das suas ações, revelando dados internos das empresas e organizações já citadas – inclusive uma lista de usuários da InfraGard. O LulzSec desafiou o governo americano, que havia declarado a possibilidade de ataques cibernéticos serem vistos como atos de guerra. 

>Origem 

O que se sabe do LulzSec é o que chega dos inimigos do grupo. Alguns indivíduos que se consideram “ninjas de internet” criaram o blog LulzSec Exposed no sábado (18) para publicar informações de membros do grupo. Segundo eles, os principais membros do LulzSec seriam Sabu (fundador), Topiary, Kayla, Nakomis, Tflow, Joepie91, Avunit e BarrettBrown. 
Membros do LulzSec estariam envolvidos em ataques a um hacker conhecido como Jester, que atuava contra o Wikileaks. Na época, um impostor criou uma conta em nome de Jester. Nekomis e Topiary seriam os envolvidos nesse episódio. 

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>Dinheiro e fama 

Acusações e informações postadas pelo LulzSec Exposed apontam que dinheiro e fama são motivadores do LulzSec. A busca por fama pode ser vista nos ataques a sites conhecidos, na forma que o LulzSec comemorava o número de seguidores no Twitter e nos “desafios” que o grupo faz, como “se conseguirmos 1500 pessoas no canal de bate papo, vamos realizar um ataque”. 
O grupo aceita doações por Bitcoin, uma moeda virtual que funciona sem uma entidade central de gerenciamento. O grupo chegou a ter 400 BTCs, o equivalente a US$ 7 mil, em sua conta principal do Bitcoin – não se sabe quanto dinheiro possa ter ido para contas “alternativas”. Eventualmente, esse dinheiro foi usado, e parou numa das contas mais “ricas” do Bitcoin – um sinal de que pode ser um dono de uma rede zumbi ou outro prestador de serviços que o grupo tenha “contratado”. O próprio fato de o grupo ter decidido criar seu próprio rótulo para ficar com o crédito de ataques é um sinal da busca por fama. 
O blog LulzSec Exposed afirmou que estaria compartilhando informações com o FBI, e quer ver o grupo “atrás das grades”. No entanto, é difícil saber até que ponto as informações publicadas são verdadeiras – já que o submundo da internet usa desinformação até mesmo para tirar crédito da própria desinformação. Em outras palavras, o importante é ter a sua mentira publicada, mesmo que ela seja apenas uma variação de outra mentira. Quem consegue emplacar a informação falsa é que merece os “lulz”.
fonte: G1/Globo

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